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segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Música - Móveis Coloniais de Acaju



Móveis Coloniais de Acaju. Você pergunta "o que é isso?" e eu respondo "uma banda!". Eles são meio rock, meio ska, meio... únicos! Nove integrantes, sax, gaita, flauta, baixo, e os meninos de brasília fazem um som muito bom.

Descobri-os faz certo tempo, em meados de 2006, eu acho. Acho a letra da música abaixo, "Cego", primorosa. Finalmente, eles estão sendo mais conhecidos. Você pode baixar coisas deles no Trama Virtual e o novo CD, "Idem", aqui.



MCDA - Cego
Quando vi, parado ali,
Um cego a se questionar porque
Não via só a luz do sol
Como a cor do céu

Direcionou o olhar a mim
Quando evitava o encontro ao seu
E com tristeza no falar
Também me perguntou:

“Será mesmo, realmente
Amarelo o sol, e azul o céu
Por que não ser lilás, vermelho
Ou quem sabe seja apenas som?”

Agoniado ao pensar
No que o cego estava a falar
Olhos azuis a escurecer
Meu Deus, o que vai ser?

Sentei, chorei e compreendi
Que não havia só um cego ali
E perturbado ao dizer,
Escute aí você:

"Quem é que não enxerga aqui
Será eu ou você que não percebe?"

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Música - Marujo Cogumelo

Banda que começou na garagem, lá no oeste catarinense, em Xanxerê. Influenciados por bandas como Rolling Stones, Beatles e The Who, compõe músicas próprias, como a que deu origem ao belo videoclipe abaixo.



- MySpace
- Facebook
- Letras das músicas
@marujocogumelo

Veja também:
- Terminal Guadalupe
- Sapatos Bicolores

quinta-feira, 12 de março de 2009

Receitas - Acarajé


Quando fala-se em Bahia, lembra-se do quê? Pimenta na comida, sol, baianos e Porto Seguro? Correto! Obviamente o Estado da Bahia é muito mais do que essas quatro características, mas hoje vamos falar de comida (oba!). Recentemente fui comer acarajés com meu pai num restaurante chamado Tempero Nordestino, aqui em Florianópolis (esse restaurante virará tema de um post assim que eu comer o escondidinho de carne-seca, tenho certeza). Lembrei-me que este prato é típico do nosso país (no caso da Bahia) e resolvi postar sobre ele.

Manuel Querino em A arte culinária na Bahia, de 1916, conta, na primeira descrição etnográfica do acarajé, que "no início, o feijão fradinho era ralado na pedra, de 50 cm de comprimento por 23 de largura, tendo cerca de 10 cm de altura. A face plana, em vez de lisa, era ligeiramente picada por canteiro, de modo a torná-la porosa ou crespa. Um rolo de forma cilíndrica, impelido para frente e para trás, sobre a pedra, na atitude de quem mói, triturava facilmente o milho, o feijão, o arroz".

O Acarajé também é feito e servido como comida ritual da orixá Iansã. O nome significa "comer bola-de-fogo" - o que é quase literalmente verdade, se formos à Bahia. Vale lembrar que este prato geralmente é servido o "bolinho" cortado ao meio com recheio de vatapá e camarão. Eis a receita completa:

Ingredientes:

Acarajé
- 1 kg de feijão fradinho quebrado
- 2 cebolas
- 50g de camarão seco dessalgado
- Sal a gosto
- Azeite de dendê para fritar

Vatapá
- 3 pães (francês) frescos ou amanhecidos
- 600ml de leite de coco
- 100g de amendoim torrado e sem casca
- 100g de castanha de caju torrada
- 1 lasca de gengibre
- 1 cebola
- 3 dentes de alho
- 50g de camarão seco dessalgado
- Sal a gosto
- 1 xícara (chá) de azeite de dendê
- Farinha de trigo, se necessário

Recheio do acarajé
- 400g de camarão seco
- 300g de vatapá
- Vinagrete feito com 4 tomates, 1 cebola, 2 colheres de
coentro (picado)

Modo de fazer:

Acarajé
Deixe o feijão de molho por 6 horas. Depois lave até que saia toda casca. Deixe escorrendo numa peneira com um pano até que fique bem enxuto.
No processador, leve o feijão, uma cebola, o camarão seco, sal a gosto e triture até que fique com uma consistência de massa. Bata a outra cebola no liquidificador e vá adicionando aos poucos a massa, batendo com uma colher de pau até atingir o ponto. Esquente bem o azeite de dendê e coloque os acarajés para fritar.

Vatapá
Coloque o pão de molho na metade do leite de coco e reserve a outra metade. Deixe por 2 ou 3 horas. No liquidificador, bata os pães deixados de molho, o amendoim, a castanha de caju, a gengibre, as cebolas, o alho, o camarão seco e o sal.
Triture todos os ingredientes. Leve ao fogo e vá adicionando aos poucos o restante do leite de coco e o azeite de dendê, acerte o sal e deixe por 20 a 30 minutos. Deve até atingir o ponto de consistência de uma pasta firme. Se ficar ralo acrescente um pouco de farinha de trigo.

Recheio do acarajé
Corte o acarajé ao meio e recheie com um pouco de vatapá, um pouco de camarão e com o vinagrete.

Se você não está com tamanho empenho de fazer em casa, vá em algum lugar nordestino comer, ou até à Bahia!

Fontes:
- Wikipédia
- Mais Você

domingo, 15 de fevereiro de 2009

Música - Chico Buarque

"Foi no tempo em que os bichos falavam ― 1966, 1967, por aí. Os meninos do Brasil estavam ouvindo "Lovely Rita", dos Beatles. Mas os mais espertos preferiam "A Rita", de Chico Buarque. As duas canções saíram na mesma época, mas as Ritas eram diferentes. A de Lennon e McCartney era uma guarda civil encarregada de fiscalizar parquímetros. Em suma: inglesa. Lennon ou McCartney ― um dos dois, difícil dizer qual ― está a perigo e a fim de Rita. Convida-a para jantar, o que, devido ao inusitado da proposta, Rita não apenas aceita como ainda paga a conta. Ele a leva em casa, ela o convida a entrar e, quando ele pensa que os dois vão acabar na cama, tem de se conformar em passar a noite conversando na sala com ela e as bolhas de suas duas irmãs. Já a Rita de Chico Buarque era muito melhor. Deu o fora em Chico, foi embora e levou seu retrato, seu trapo, seu prato, que papel, uma imagem de São Francisco e um bom disco de Noel. Não levou um tostão porque não tinha, não, mas causou perdas e danos. Ou seja, era uma mulher de caráter. A Rita dos Beatles era uma pata-choca encalhada. A de Chico era safa, despachada e capaz de uma atitude."

Esse é um trecho de um texto do escritor Ruy Castro. Se estiver a fim de ler o resto clica aqui.

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Teatro - Improvável


Um espetáculo que tem feito muito sucesso pelo Brasil é o chamado Improvável: jogos aonde a improvisação é a palavra-chave para uma boa gargalhada! Baseado no americano Whose Line is it Anyway?, o espetáculo conta com uma série de jogos como Cenas Improváveis, Merchan Improvável e Só perguntas. Há um mestre de cerimônias que explica as regras do jogo e faz a interação com a platéia enquanto os quatro atores, jogam.

Criado pela Cia. barbixas de humor, o espetáculo tem como integrantes fiéis, portanto, Anderson Bizzochi, Daniel Nascimento e Elidio Sanna. Rafinha Bastos é, geralmente, o mestre de cerimônias e há sempre um ator convidado. Já participaram do espetáculo Oscar Filho, Marcela Leal, Marco Luque, Marianna Armellini, Cristiane Wersom e Márcio Ballas.

Eles possuem um canal no YouTube que conta com mais de 1 milhão de acessos. O espetáculo formado há pouco mais de um ano já é febre no Brasil. Vários vídeos postados no canal já possuem mais de 1 milhão de visualizações também. Maiores informações como agenda, fotos, vídeos, acesse o site Improvável. Tá esperando o que para ver algum vídeo deles? Coloquei aqui um dos que eu acho mais engraçado, mas fica a dica para ver todos, pois todos são bons (e cuidado, Improvável vicia).

sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

Blogs/Sites - Scream and Yell

Se você é fã de música, leia até o final. Scream and Yell é um site sobre música, cinema, livros e afins. Com vários colaboradores, o conteúdo é basicamente quase tudo o que existe, mundialmente falando. O blog, escrito por Marcelo Costa, um paulistano bem despretencioso, é uma coleção de boas dicas de bandas, livros, shows e filmes que devem entrar na lista de "preciso ver" de qualquer viciado em coisas boas.

Variados tops de promessas musicais, resenhas de filmes e livros, indicações de discos para serem ouvidos, entre outras coisas do gênero, enchem o blog de conteúdo - do bom. Se você está entediado na cadeira do computador procurando algo decente para ouvir, passa lá; se você não sabe mais que livro ler, passa lá; e, se você está querendo curtir um filme com pipoca no final de semana e cansou das estréias americanas chatas, passa lá.

Leonardo Spinardi, em uma entrevista ao Marcelo, perguntou: Pode parecer apenas um hobby ou passatempo, mas existe um compromisso do S&Y com a divulgação do rock nacional?
Marcelo Costa: Existe um compromisso com a divulgação da boa cultura e o rock nacional está englobado nisso. Quando falamos de um filme, de um livro ou do disco, estamos dando nosso aval, na maioria das vezes passional, a essa determinada manifestação de arte. É claro que há a idéia principal de nunca menosprezar ninguém. Assim, podemos tratar de igual para igual um banda de rock nacional iniciante com a última sensação da música norte-americana. Disso tudo fica sempre a idéia de divulgar a boa cultura.

Sem mais o que dizer sobre o blog - pois é preciso que você entre e leia - vou deixar aqui três dos últimos posts que acho merecedores de uma lida:
- O livro obrigatório número 1 do rock
- Quinze listas de Melhores Discos de 2008
- As duas “melhores” manchetes do ano

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Capitu, Manacá e Michel Melamed

Para quem tem visto televisão, mais precisamente Tv Globo, notou a presença de uma daquelas minisséries de final de ano que eles adoram. E dessa vez fez muita gente adorar também! Capitu, como é chamada a minissérie, é baseada no clássico Dom Casmurro de Machado de Assis. Bem, a produção foi fantástica, desde a trilha sonora até o figurino. Se você não faz idéia do que eu estou falando e quer ver com seus próprios olhos, dá uma pesquisadinha no YouTube que tem lá os capítulos divididos por partes.

Aproveitando o embalo de Capitu, falarei de dois atores da minissérie. O primeiro é Michel Melamed. Ele está fazendo o Dom Casmurro, narrador, e creio eu que virá a fazer o Bentinho adulto. Sua atuação é digna de aplausos em pé (assista e verá). Ator, autor e diretor teatral, poeta e apresentador. Temos como sua principal obra, por assim dizer, uma trilogia na qual fazem parte Regurgitofagia, Dinheiro Grátis e Homemúsica. Abaixo um trecho do Regurgitofagia:





Quanto ao outro ator, que no caso é atriz, é a Letícia Persiles. Ela, vocalista da banda Manacá, serviu como uma luva para o papel da pipocante Capitu adolescente. Com seus "olhos de cigana oblíqua e dissimulada", vem desempenhando otimamente seu papel. Já é a segunda vez que falo dessa banda, então escutai-a: